Magia – Um Conceito Amplo e de Múltiplas Visões

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Quando falamos a palavra “magia”, muitas pessoas fazem confusão com uma série de outros conceitos e terminologias existentes por aí.

No geral, faz-se uma salada só entre o que é “magia, bruxaria, feitiçaria, macumba, simpatia”, entre outras coisas.

Sem falar nos infinitos estereótipos fatalmente negativos que muitas destas práticas – e consequentemente seus praticantes – carregam, que passam bem longe da realidade.

Não vou me estender muito sobre o que seria cada prática, pois fugiria muito do contexto principal deste artigo.

Mas o que posso dizer por hora é:

  1. “macumba” é um instrumento de percussão de origem africana;
  2. bruxas não comem criancinhas e não cultuam o demônio (já que nem sequer acreditam nele) e;
  3. magia e bruxaria definitivamente não são a mesma coisa…

Bruxaria é uma RELIGIÃO que possui a magia natural como uma de suas práticas.

E as simpatias são “tradições” que se desenvolveram através dos anos como herança dos antigos feitiços e encantamentos.

Feitiços estes que eram utilizados por diferentes povos pagãos e, diga-se de passagem, muitos deles com INÚMEROS OBJETIVOS POSITIVOS E VOLTADAS PARA A CURA.

Mas vamos focar ao que interessa: a “magia” em si.

Texto muito extenso? Alternativamente, você pode assistir a sequência de 3 vídeos sobre o assunto no meu canal do YouTube: 😉

Mas Afinal o Que é Magia?

Um conceito difícil de definir em poucas palavras. Crowley tentou através da frase:

Magia é a Ciência e a Arte de provocar mudanças de acordo com a Vontade.

Mas isto na verdade não diz muito.

Já Papus, um grande ocultista bastante conhecido até os dias de hoje e fundador da Escola Hermética em Paris, usou uma associação interessante.

Segundo ele a magia pode ser definida, em termos de analogia, como a relação entre uma carruagem e um cocheiro, onde:

  1. A carruagem é o planos material e onde seus objetivos precisam se manifestar;
  2. O cocheiro é o seu potencial interno, sua vontade, a força-pensamento que você direciona focando em alguma coisa e;
  3. O cavalo é o plano astral, onde você aplica esse seu potencial.

De acordo com este princípio, não dá pra pensar em magia como algo ilógico, que você torce o nariz e as coisas no plano material simplesmente acontecem.

O cocheiro não tem como movimentar diretamente a carruagem sem o cavalo como intermediário. Ele precisa de uma “ponte”.

E o cavalo são as energias com a qual você se conecta e manipula no campo astral, pra que ai sim, a partir dai, resultados possam se formar no plano material.

Assim, não é difícil perceber a íntima interconexão entre os conceitos de magia e energia.

Desmembrando a Energia

Partindo deste princípio, veremos agora alguns aspectos do que seria essa tal energia:

– A água muda de “estado”;

– O ar existe, não podemos vê-lo, mas sabemos que ele está aí;

– Quando tomamos um choque, sentimos a corrente elétrica embora a mesma não possa ser vista e o choque causa consequências;

– As ondas de radio, tv, sinal de internet, etc, estão todos ai. Não podemos vê-las ou tocá-las, mas sabemos que existem…

Com a “energia” em geral acontece a mesma coisa.

Ela está em toda a parte e existe em diferentes “níveis vibracionais”.

Ou seja: tudo é energia e a energia está em tudo. Isto é física quântica.

A própria matéria nada mais é do que energia condensada.

Pois se há vários níveis de vibrações, a energia é capaz de se concentrar e por isto se apresenta hora mais densa, hora mais sutil.

E a energia é capaz de se concentrar de tal forma, ficando cada vez mais densa, até que se transforma em matéria, manifestando assim o plano físico.

ok! Mas, se existem diversos “tipos” de energias ou vibrações, umas mais elétricas, outras mais magnéticas, umas mais sutis, outras mais densas, então energia em diferentes frequências permeia a tudo – pessoas, animais, plantas, o chão as paredes.

Há então diferentes princípios que se cruzam a todo o momento, que acabam se entrelaçando e formando uma grande teia.

Então, se existe esta teia e tudo está interligado, nada fica “solto” por ai.

E se tudo está interligado, logo, por intermédio desta teia energética, cada um de nós possui acesso a tudo.

Energia x Magia

Se olharmos a evolução histórica da coisa, perceberemos que o termo magia foi e é usado até hoje para definir diferentes visões – o que também confunde um pouco.

Diferentes culturas em diferentes momentos da história atribuíram ao termo conotações diferentes.

Vou separar em três categorias para facilitar o entendimento:

1) Se alguém falar em “mundo da magia”, provavelmente é só outro termo para “mundo astral” ou “mundo espiritual”;

2) Devido a esta caracterização em que o universo se apresenta em termos de vibração, muitas pessoas acabam utilizando a palavra magia como sinônimo para energia;

3) E há anda, o que para mim faz muito sentido, aqueles que utilizam a palavra “magia” como forma de definir um procedimento energético/mágico em si, aproximando um pouco o termo “magia” do que seria o conceito de “feitiçaria” – embora ambos também possuam suas diferenças.

Confuso? Vou me explicar melhor.

Como qualquer procedimento energético, como uma aplicação vibracional terapêutica, por exemplo, um procedimento mágico utiliza o plano astral/energético/mágico – como você preferir chamar – como intermediário, em prol de um determinado objetivo, geralmente a ser manifestado no plano físico.

E a magia é exatamente isto.

É a realização de algo através do acesso a este “todo”; a esta tal teia energética.

É simples assim, não tem segredo.

Não importa o quão rebuscado ou simples é o procedimento “mágico” que utilizamos para isto – pois existem muitas linhas e métodos de magia.

O que muda é a “forma” de fazer as coisas, mas a base é a mesma:

Você direciona seus objetivos através da sua mente e “manipula” – digamos assim – a força motriz dentro dos padrões energéticos que estão no astral.

Para que estes padrões causem um efeito no plano físico.

Magia Branca x Magia Negra

Você já deve ter visto por ai algumas denominações deste tipo.

Já vi até algumas pessoas falarem em magia vermelha ou magia cinza, amarela e por aí vai.

Mas na prática isto é um mito. São só diferentes denominações conceituais que as pessoas “criam” como forma de tentar categorizar a magia.

Ou, em alguns casos, adota-se estas denominações pra apontar algum tipo de “linha” ou tradição de magia específica, lembrando que existem várias formas e diferentes “convenções” para se praticar magia.

Mas a verdade é que a magia não tem cor!

Toda “Cor” Pode Ser Positiva

Se olharmos a natureza da ENERGIA perceberemos que a luz possui todas as cores. E que cada cor aparece dependendo da superfície a ser refletida.

Basta estudarmos um pouquinho da magia das cores – e consequentemente da cromoterapia – que veremos que cada cor possui suas características próprias e causa efeitos diferentes, podendo ser usadas tanto na parte energética quanto para a cura física.

Mas isto é outra coisa.

Mesmo porque, se pensarmos na energia das cores, a própria cor preta é benéfica e tem suas funções, abrindo os níveis do inconsciente, auxiliando na proteção e isolamento de energias.

Então vincular o “negro” a algo negativo é um erro.

O que acontece é que, como tudo na vida, a magia pode ter um efeito positivo ou negativo em dado momento, mas isto é muito relativo.

Porque todas as atitudes que tomamos, sejam elas através da magia ou não, podem ser positivas ou negativas para nós em um determinado momento.

Em contrapartida, também podem ser positiva ou negativa para quem está em volta, dependendo da situação.

São as leis da natureza…

A Magia Não Tem Culpa

Pense no fogo: ele pode ser devastador e destruidor, mas se não fosse o fogo o ser humano não teria aprendido a cozinhar alimentos, queimar cerâmica e a iluminar a escuridão da noite, entre muitas outras coisas.

Então dizer que o fogo é “ruim” depois de um incêndio não faz sentido.

Esta “polaridade” entre o bem (aquilo que causa prazer) ou o mal (aquilo que causa dor), vai depender de diversos fatores.

E com a magia funciona da mesma forma. O que acontece é que tem muita gente por aí que não tem um pingo de bom senso.

Ou às vezes não tem caráter mesmo.

Pensa comigo: é muito diferente eu reunir diversos elementos que favoreçam abertura de caminhos para que eu consiga uma promoção no meu trabalho, do que realizar um procedimento mágico com a intenção de roubar o cargo do meu colega.

Aqui o que vai mensurar a “natureza” da magia é a intenção e não a magia em si.

Porque magia por magia, é possível fazer magia com uma simples vela, ou mesmo sem usar nada! Apenas treinando a magia a nível mental.

Então, isso de magia branca e magia negra não existe. A magia é uma só.

A “maldade” ou a “generosidade” está em quem a aplica e de que forma você faz isso.

A magia não tem culpa! E pode trazer benefícios incomensuráveis se usadas para os objetivos certos.

Alta Magia x Baixa Magia

Muita gente não sabe mas isto é bem cultural.

Estes termos surgiram na Europa medieval quando se deu a caça as bruxas (por questões políticas), ainda em seu periodo inicial.

Em um momento onde ainda haviam magos respeitados nas regiões urbanas.

Não daria para explanar muito disto agora, pois é um assunto muito extenso (nos vídeos eu falo bem mais sobre isso ;)).

Mas o que precisamos entender é: houve um período de transição entre as sociedades europeias pagãs (celtas, germânicos, etc) e a dominação cristã.

Vou logo avisando que não tenho como objetivo atacar a religião cristã, porque isto é perda de tempo e não gosto de gastar energia com bobagem.

Estou apenas explanando um acontecimento histórico.

Magia Natural Campesina

Voltando: no paganismo a magia era normal.

As pessoas viam “forças” ou “deuses” em todos os fenômenos da natureza.

E interagiam com eles a partir de elementos, obviamente, naturais.

Sendo assim, utilizavam elementos naturais como minerais, vegetais, o ar, a água e assim por diante.

E este era o conhecimento do campo.

Por volta do séc. 13 alguns destes supostos “feiticeiros” – como eram comumente chamados pelas pessoas das cidades – começaram a migrar para os centros urbanos.

E estes feiticeiros/pagãos que trouxeram os costumes da magia campesina, conseguiram, de certa forma, conquistar a confiança de algumas das pessoas da aristocracia, passando assim a ganhar certo prestigio nas regiões urbanas.

A esta altura, muitos chegavam até a ser pagos para executar as suas funções mágicas.

Eles passaram ainda a estudar outros tipos de ciência, como arte, filosofia, história entre outras e tornaram-se mais eruditos.

Então estes magos, como ficaram conhecidos, supostamente se desenvolveram mais do que aqueles que ficaram no campo, passando a serem vistos como conselheiros e sábios.

E foi ai que começou a fazer-se uma distinção.

Surgem Os Supostos “Verdadeiros” Magos – Eruditos Urbanos

A partir daí, disseminou-se a ideia de que estes tais “magos eruditos” eram as pessoas que tinham o verdadeiro conhecimento das ciências ocultas (e das forças da natureza).

Enquanto que aqueles feiticeiros lá do campo, aos olhos das pessoas, sabiam algumas coisinhas – como o uso das ervas – mas não teriam lá um conhecimento muito profundo do que estavam fazendo.

Eventualmente, a igreja começou a ficar cada vez mais rígida e as práticas mágicas aos poucos foram proibidas.

E claro, os primeiro a serem perseguidos foram os “feiticeiros” rurais, que não possuíam influência social.

Mas depois, a igreja se voltou também contra estes magos urbanos.

Foram eles então que deram origem a tantas sociedades secretas, porque também precisaram ocultar suas práticas da igreja.

Surge ai então as bases do ocultismo que praticava uma magia muito mais “metódica” e racional e ficou conhecida como “Alta Magia”…

…Devido ao suposto conhecimento avançado que eles teriam sobre digerentes tipos de ciências.

Em contrapartida, a magia do campo, que é muito mais focada na sensibilidade do que em seus “métodos”, ficou conhecida como Baixa Magia, como um termo que por muito tempo tentava inferiorizar as práticas campesinas.

Até os dias de hoje estes termos são utilizados para diferenciar a magia natural – Baixa Magia – muito mais intuitiva – dos complexos rituais organizados por sociedades secretas – Magia Cerimonial ou Alta Magia.

As runas como símbolos mágicos podem se enquadrar e serem utilizadas facilmente dentro da magia natural ou da magia cerimonial.

Desenvolvimento Mágico – Nada de Sobrenatural

Você e eu somos iguais e todos nós podemos praticar magia.

Na realidade, existe toda uma mítica que se criou em torno da magia, mas ela não tem nada de sobrenatural (no sentido popular da palavra).

Entenda por que:

Se todos nós temos energia, ou melhor, somos energia…

…E todos os seres humanos possuem a capacidade de criar através da lógica e de se conectar com esta rede através da intuição e sensibilidade, QUALQUER PESSOA É CAPAZ DE PRATICAR MAGIA.

Óbvio, é preciso treino… É preciso estudo e prática.

Sair fazendo qualquer coisa que você leu por ai sem entender direito como ou porque, pode ser potencialmente problemático.

O mínimo que você vai conseguir é ficar brincando de Harry Potter, mas nada vai acontecer.

Ou, ainda pior: você pode sim acabar gerando resultados, mas desencadeando efeitos diferentes do que você deseja o que é muito mais arriscado.

Então não se deve mexer com forças que você desconhece.

Todo o mundo tem músculos no corpo, mas isto não significa que todos nós nos tornaremos atleta…

E com o potencial mágico funciona da mesma maneira.

Todo o mundo tem esse potencial em sua essência, ai vai de você querer aperfeiçoá-lo ou não. 😉

Enfim, a magia é para todos. E é uma habilidade natural do ser humano, então pode parar por ai com os estereótipos de que quem pratica magia é do “mal”.

Uma simples oração é uma forma de magia.

Sim! Isso é muito real…

Porque afinal de contas, indiferentemente das suas crenças pessoais, quando você ora, você “eleva” seus pensamentos e suas vontades internas direcionando-os para o universo sutil, com o intuito de que isto se reverta em reações no plano físico.

Seja pedindo bênçãos, cura, ajuda em assuntos cotidianos ou qualquer coisa, o princípio é exatamente o mesmo.

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